segunda-feira, 26 de setembro de 2011

It might...

Well, it might be just that i have nothing to say after all...

quarta-feira, 27 de julho de 2011

De gatos e óculos

E aí se eu estivesse velha? Assim, bem velhinha mesmo, no dia de escrever o meu primeiro livro? Acho que talvez fosse hora de fazer óculos novos. Ando namorando um par há uns tempos. São um pouco maiores do que aqueles que uso hoje. Curiosamente, são também mais leves. Um tanto retrôs. Um formato meio gatinha, sabe? Uma hora dessas vou ver (deveria ir logo, uma vez que as letras já se embaralham nessa tela modernosa. E olha que quem fala modernosa, já está velho há ó: um tempão...). Será que eu deveria dizer "e aí se eu estiVER velha?". Ahhhhh... Blábláblá...digressões... Palavra que papai adora e na qual sou mestra. Minhas conversas são assim: cheias de desvios, de parênteses, de hmmm..."por que foi que eu comecei a falar isso, mesmo?". E eu esqueço ou lembro ou mudo o rumo da prosa. Não sei como funciona para quem ouve. A mim, me causa um certo constrangimento. Acho que não estou sendo clara, que sou confusa, que perco o argumento e a razão.

Mas volto ao livro. Aquele, o primeiro. Será estranho me lançar a ele só já velhota, meio cor de rosa, de lábios fininhos, assim, meio louca? Hmmm... Me parece que não vou estar lá tão diferente do que sou hoje. Será que vou já ao desafio?

Tenho uma amiga que tem um pseudônimo. Psedônimo para a vida. Saiu de casa. Foi morar longe da família que, sempre ciosa da pequena, quer saber o que ela faz. Ela vive, ora! Mas, para evitar explicações longas e olhares tortos, assumiu o nome de outra. Sou a fulana de tal, escrevi a matéria tal, na revista tal. E segue vivendo feliz, à sombra de seu nome da amiga.

E se eu tivesse um pseudônimo?

Bom, por ora tenho gatos. Me bastam.

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Eu quis que a Soalheiro dissesse assim

em algum momento do dia: enviei um email querido para a helena que faz aniverário no mesmo dia e que também perdeu vários telefonemas, não porque o cel tava louco, mas porque ela tava louca fotografando uma matéria, naquele ritmo que a gente sabe qual é. E quando ela recebeu, (o email, digo) ficou bem feliz e teve um aniversário melhor e foi uma pessoa melhor. O dia dela terminou às 3 da manhã, quase adulta, aos 33.

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Extra-Ordinário!

Não gosto dos dias especiais. Me incomodam a expectativa, a obrigação, os anseios. Frustrados. Todos. Os dias normais. Ordinários. Estes sim, eu gosto. É que me encanta a possibilidade da surpresa.

domingo, 28 de outubro de 2007

Bolas

Toda geladeira merece uma garrafa de champagne gelada. E que bom que seja rosa! E que bom que espere pouco!

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Rascunho

Ainda não sei dizer quando foi que dei para usar os cabelos soltos. Nunca achei que assim ficasse bonita. Teimava que puxados para cima davam-me mais pescoço e me aproximavam do ideal de magreza que a balança insiste em recusar. Deu-se porém que Ele, um dia, disse que os gostava assim, bagunçados a me escorrer pelos ombros. Ali, perdi minhas convicções.

Coincidiram - os cabelos soltos - com o esconder das minhas tatuagens. Veja: não é fácil disfarçá-las. São grandes. Rabiscos pretos que me enfeitam os braços. Me enchiam de orgulho quando as fiz. E permitiram toda a sorte de caretices que minha obrigação de modernidade tentou sempre cancelar. Sei que, sem muitas explicações, tornaram-se menos do que apropriadas. O mesmo se deu com as unhas vermelhas que me coloriam os pés. Por que mesmo? O que foi que Ele disse? Será que disse? Acho que ouvi o que não se pronunciou.

Agora, de longe, os tais boatos parecem culpa das borboletas. Esses bichos que nos invadem a barriga quando damos de nos apaixonar. Dei-lhes ouvidos. Não havia como ser diferente. São mestras nas artes de hipnotizar. As tais. Ademais estava feliz por tê-las voando ali no recheio de mim.

Mas, se nada mais, o tempo dá de passar- e curar. Por isso, foi-se o Diabo. Desapareceu serena e covardemente. Levou consigo as borboletas. Fiquei com os cabelos soltos. E de novo me apeguei aos desenhos nos ombros.


Texto originalmente escrito para a revista MININAS

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

feliz

Não quero mais desfechos. Quero antes começos!