domingo, 28 de outubro de 2007

Bolas

Toda geladeira merece uma garrafa de champagne gelada. E que bom que seja rosa! E que bom que espere pouco!

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Rascunho

Ainda não sei dizer quando foi que dei para usar os cabelos soltos. Nunca achei que assim ficasse bonita. Teimava que puxados para cima davam-me mais pescoço e me aproximavam do ideal de magreza que a balança insiste em recusar. Deu-se porém que Ele, um dia, disse que os gostava assim, bagunçados a me escorrer pelos ombros. Ali, perdi minhas convicções.

Coincidiram - os cabelos soltos - com o esconder das minhas tatuagens. Veja: não é fácil disfarçá-las. São grandes. Rabiscos pretos que me enfeitam os braços. Me enchiam de orgulho quando as fiz. E permitiram toda a sorte de caretices que minha obrigação de modernidade tentou sempre cancelar. Sei que, sem muitas explicações, tornaram-se menos do que apropriadas. O mesmo se deu com as unhas vermelhas que me coloriam os pés. Por que mesmo? O que foi que Ele disse? Será que disse? Acho que ouvi o que não se pronunciou.

Agora, de longe, os tais boatos parecem culpa das borboletas. Esses bichos que nos invadem a barriga quando damos de nos apaixonar. Dei-lhes ouvidos. Não havia como ser diferente. São mestras nas artes de hipnotizar. As tais. Ademais estava feliz por tê-las voando ali no recheio de mim.

Mas, se nada mais, o tempo dá de passar- e curar. Por isso, foi-se o Diabo. Desapareceu serena e covardemente. Levou consigo as borboletas. Fiquei com os cabelos soltos. E de novo me apeguei aos desenhos nos ombros.


Texto originalmente escrito para a revista MININAS

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

feliz

Não quero mais desfechos. Quero antes começos!

sábado, 9 de junho de 2007

começo

Há que se tropeçar e por isso nasce este blog. Para contar dos tropeços. E dos risos.